Em uma noite de sábado (19/02) um bastante entediado cansado, fiquei passando canais na televisão, por sorte achei um documentário bem interessante sobre a vida e a obra de um cartunista, que até então era desconhecido por mim, fiquei maravilhado com o seu trabalho. Seu nome era José Carlos Brito e Cunha, mais conhecido como J.Carlos. Após assistir o documentário no Futura, J. Carlos: A figura da capa, fiquei com vontade de procurar mais sobre seus trabalhos como editor e cartunista.
O filme é uma produção do bisneto do cartunista, José Eduardo Brito Cunha, depoimentos de Chico Caruso, Zuenir Ventura, Lan, Isabel Lustosa, entre outros, recontam a história do cartunista, com as suas publicações O Cruzeiro, Careta, Fon-Fon, Para Todos,O Malho e outros.
O cartunista colaborou com as principais publicações brasileiras de 1902 a 1950.
De acordo com o documentário, J.Carlos foi a Vanguarda do Design Gráfico no nosso País. Recebendo influencias da art nouveau e art déco misturado sobre influências do meio cultural brasileiro, trazendo em suas ilustrações cenas do cotidiano, como pessoas correndo atras dos bonde, pessoas na praia, foliões de carnaval. De uma forma que não conseguia ser captado pelos fotógrafos da época, suas ilustrações e seus cartuns tinham muito mais vida e mostravam aquela alegria essencialmente brasileira.
Representação dos sambistas por José Carlos Brito e Cunha
Além disso, se preocupou em representar a moda e a politica de sua época, trazendo figuras como a melindrosa, os caricatos de políticos Brasileiros e personagens importantes na história da Segunda Guerra Mundial.
Se mostrando multi-talentoso enquanto chargista, ilustrador, designer gráfico, escultor, autor de teatro de revista, letrista de samba e por aí vai... é, mole?